Fábrica Social forma 170 alunos, e nova turma fará material para hospitais

Programa de qualificação profissional do GDF também terá unidade para produção de pré-moldados

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Abrir caminhos às pessoas em situação de vulnerabilidade é o maior ativo do programa Fábrica Social. Nesta segunda-feira (23/01), uma turma com 170 alunas e alunos dos cursos de corte e costura e serigrafia receberam seus diplomas e uma chance de mudar o curso da vida para melhor.

O curso tem duração de 12 meses, de segunda a sexta, das 8h às 12h ou das 14h às 18h, e os participantes recebem uniforme, lanche, auxílio de R$ 304 e vale-transporte

São pessoas que passam a contar com uma qualificação profissional e estão cadastradas nas Agências do Trabalhador para buscarem um emprego na área. E, a partir de agora, dão espaço para as novas alunas e alunos que ficarão responsáveis por produzir a roupa de cama de unidades hospitalares da rede pública de saúde e também uniformes de servidores das administrações regionais, conforme anunciado nesta segunda. Outra novidade é a futura instalação de uma Fábrica Social para a produção de pré-moldados.

A formatura ocorreu na sede do programa, na Cidade do Automóvel, e contou com a presença da governadora em exercício Celina Leão. Em sua fala, ela destacou o compromisso do governo em ofertar qualificação profissional a esse público.

“Aqui ofertamos qualificação profissional na prática, desde o primeiro dia até o último, para que eles saiam aptos a entrar no mercado de trabalho”Thales Mendes, secretário de Trabalho e Renda

“Essas mulheres e homens formados hoje criam uma perspectiva de ter emprego e renda,  essa é a missão do governo. A Fábrica Social é um dos melhores programas do governo na área de qualificação profissional e essas pessoas saem daqui com o canudo, com o diploma da oportunidade”, disse Celina Leão.

Assim como o RenovaDF e o Qualifica DF, o programa é uma das iniciativas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda para capacitar pessoas profissionalmente e inseri-las no mercado de trabalho. Podem participar famílias cadastradas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda familiar per capita de até R$ 200. O curso tem duração de 12 meses, de segunda a sexta, das 8h às 12h ou das 14h às 18h, e os participantes recebem uniforme, lanche, auxílio de R$ 304 e vale-transporte.

Titular da pasta, Thales Mendes exaltou a formação dos alunos e detalhou os novos projetos da fábrica: “Aqui ofertamos qualificação profissional na prática, desde o primeiro dia até o último, para que eles saiam aptos a entrar no mercado de trabalho”, afirma o secretário.

“Nós também estamos com um projeto de fazer a [fábrica] de pré-moldados, onde já compramos os equipamentos e vamos definir o local, provavelmente no presídio da Papuda, e ainda precisamos licitar os insumos. E também teremos a partir da próxima semana uma nova turma aqui na Fábrica Social para produzir as roupas de capa dos hospitais da rede pública e também seis mil uniformes de servidores das administrações regionais”, acrescenta.

“Essa instrução as qualifica para entrarem no mercado de trabalho em vários segmentos, tendo um leque aberto para atuar na confecção, artesanato e outras. Elas saem preparadas para o mercado de trabalho e para a vida”Gladis Maria da Silva Padilha, instrutora do curso

Instrutora do curso, Gladis Maria da Silva Padilha explica que o campo de atuação dos formandos e formandas é amplo, o que acaba empoderando as participantes. “Elas aprenderam como funciona uma indústria têxtil em todos os seus segmentos. Essa instrução as qualifica para entrarem no mercado de trabalho em vários segmentos, tendo um leque aberto para atuar na confecção, artesanato e outras. Elas saem preparadas para o mercado de trabalho e para a vida”, afirma.

Moradora de Ceilândia Sul e formanda do programa, Charliene Machado foi uma das pessoas atingidas pela pandemia com a perda do emprego. Ela decidiu então vender lanches perto de casa, participou do programa RenovaDF e também da Fábrica Social. Agora, começa a colher os frutos da qualificação na área. “Quando cheguei aqui aprendi muitas coisas e gostei de tudo, da serigrafia, conhecer pessoas, modelar, tudo o que o curso oferece”, comemora.

Sobre o Fábrica Social

O programa foi criado em 2013. Ao longo destes anos foram realizados diversos cursos de capacitação e qualificação profissional nas áreas de confecção de vestuário, acessórios e materiais esportivos, construção civil, jardinagem e cultivo de alimentos, marcenaria sustentável e instalação e manutenção de sistemas fotovoltaicos.

Atualmente, o centro oferece os cursos de corte e costura e serigrafia. O desenvolvimento do conteúdo programático, acompanhamento pedagógico e monitoria/instrutoria é feito por uma Organização da Sociedade Civil, contratada por meio de Termo de Colaboração com a Secretaria de Estado Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda.

O Fábrica Social possui 470 máquinas de costura industriais, dentre elas caseadeiras, galoneiras, overloque, interlock, máquinas de costura reta, refiladeiras e pespontadeiras com o objetivo de possibilitar ao aluno o aprendizado e a experiência de uma unidade têxtil completa.

O curso está dividido em nove módulos: Módulo 1 – Malharia Inicial; Módulo 2 – Malharia Avançada; Módulo 3 – Tecido Plano Inicial; Módulo 4 – Tecido Plano Avançado; Módulo 5 – Corte em Tecido; Módulo 6 – Serigrafia; Módulo 7 – Bordado Computadorizado; Módulo 8 – Bolsas e Acessórios e Módulo 9 – Bonés e Similares.

Por Agência Brasília

Foto: Renato Alves/Agência Brasília / Reprodução Agência Brasília