Não é só corrida! Maratona Brasília contará com show de chorinho

Evento contará com a apresentação do grupo Choro Livre. O líder do conjunto, Reco do Bandolim, participou da festa esportiva em sua primeira edição, em 1991

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Para não desanimar na hora do treino, nada melhor do que escolher uma boa playlist! Afinal, música e esporte andam (e correm) de mãos dadas, quando o assunto é deixar a preguiça de lado e prezar pelo bem-estar do corpo e da mente. Correr uma maratona ao som de ritmos brasileiros, e com vista para alguns dos mais bonitos pontos turísticos da capital federal, então, tem tudo para ser uma satisfação coletiva. Foi pensando nisso que a organização da Maratona Brasília 2024 convidou o grupo Choro Livre para animar e divertir os participantes. A festa está marcada para o próximo dia 21, aniversário de 64 anos de Brasília e do Correio, apoiador do evento.

Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro de Brasília e fundador da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, é o líder do Choro Livre, grupo que se mantém em atividade há pelo menos 40 anos. A relação com a capital, segundo ele, é íntima e duradoura. “Já tocamos nos espaços mais conceituados de Brasília”, justificou. Mas o vínculo com a Maratona vai além, visto que, em 1991, primeiro ano do evento, o músico se apresentou, em um trio elétrico, com Armandinho Macedo, artista consagrado nos carnavais da Bahia. “Foi um sucesso extraordinário. As pessoas adoraram. Depois disso, Armandinho veio recorrentemente tocar no Clube do Choro”, recordou. A expectativa do grupo para a apresentação deste ano é a melhor possível e, desta vez, a participação especial ficará por conta da cantora Teresa Lopes, uma das maiores vozes do samba no Distrito Federal. A artista é reconhecida pela sua interpretação diferenciada e pela potência vocal. “É uma grande sambista e tem um repertório de extremo bom gosto. Tenho certeza de que vai alegrar, divertir e encantar o público”, disse Reco. Além do líder, são integrantes do Choro Livre: Henrique Neto (violão 7 cordas), George Costa (violão 6 cordas), Marcio Marinho (cavaquinho) e Valério Xavier (pandeiro).

Em vista da excelência, o grupo frequentemente faz turnês pelo mundo, contabilizando shows em cerca de 38 países, todos a convite do Ministério da Cultura, do Itamaraty, da Embratur e de demais instituições culturais, além de embaixadas. “Mais do que nos apresentarmos, costumamos oferecer palestras musicadas com um repertório relacionado à nossa história”, acrescentou o artista. A lista de inspirações inclui mestres como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo, Tom Jobim e Ary Barroso. “A gente tem a obra dos mestres como referência. Mas procuramos imprimir um sentido atual ao nosso repertório, sem qualquer rejeição ao tradicional”.

Reconhecimento

Em fevereiro, o choro foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que aprovou o registro da manifestação cultural no Livro das Formas de Expressão. A reivindicação foi feita, inicialmente, pelo Clube do Choro de Brasília que, depois, contou com a participação da Casa do Choro do Rio de Janeiro e do Clube do Choro de Santos. “O choro é desde sempre patrimônio do Brasil. Então, haver uma formalização desse gênero é uma conquista muito grande”, afirmou Reco. 

Ainda segundo o artista, o reconhecimento implica um avanço significativo para a difusão e abertura de editais importantes, possibilitando a permanência e a perpetuação do patrimônio na cultura brasileira. “A partir de agora é colocá-lo (o choro) nas escolas, passar essa cultura para as próximas gerações. Esse é o grande fascínio, esse é o objetivo, pois é importante que o povo saiba, do ponto de vista cultural, de onde nós viemos”, celebrou. 

Dada a largada

Com inscrições abertas até 15 de abril, a Maratona Brasília retorna pela segunda temporada consecutiva, após 25 anos de ausência. Além de contemplar os interessados na disputa pelos 42km, haverá mais quatro modalidades: 3km, 5km, 10km e 21km. A novidade deste ano inclui duas possibilidades de corrida para quem curte se desafiar nas longas distâncias. 

O Desafio BSB 64 anos consiste em correr a meia maratona no sábado (20/4) e a maratona no domingo (21). Já o Desafio JK se trata de correr a meia maratona no dia 20 e outra meia maratona no dia 21. Quem completar um dos dois desafios, além das medalhas tradicionais pelas duas provas, ganhará uma terceira medalha, referente justamente ao desafio.

Neste ano, a largada será em frente ao Museu Nacional da República, e os atletas vão passar pelos principais pontos turísticos da cidade, como a Esplanada dos Ministérios, Praça dos Três Poderes e a Ponte JK.  A inscrição dará direito ao Kit Atleta com camiseta, sacochila, viseira, número de peito e medalha (pós-prova). As camisetas dos corredores terão cores diferentes para cada modalidade. 

De acordo com Miguel Jabour, assessor de relações institucionais do Correio, a Maratona Brasília é um investimento seguro, dado que o mercado de corridas de rua é altamente lucrativo para o setor hoteleiro, de transportes, bares e restaurantes, comércio de roupas e artigos esportivos, de nutrição e de saúde. Temos que mirar no exemplo da Maratona do Rio, de São Paulo e a São Silvestre , conscientizando nossos governantes de que, com o apoio e incentivo, podemos crescer e trazer benefícios para a cidade”, explicou. 

“Quem não quer correr na capital do seu país passando pela Catedral de Brasília , pelo Palácio do Itamaraty, ver a Câmara e o Senado, passar pelo belo Ministério da Justiça, correr na Ponte JK, passar pelo Memorial JK e chegar ao Museu da República? O turista nacional e internacional quer diversão, fazer a festa da chegada e confraternizar com amigos e parentes”, resumiu Jabour. 

As inscrições e demais informações sobre a Maratona de Brasília estão disponíveis no site: www.correiobraziliense.com.br/maratona-brasilia-2024/ 

Maratona Brasília 2024

Inscrições até 15 de abril

Data: 20 e 21/4

Horário: a partir das 6h

Local: Esplanada dos Ministérios, em frente ao Museu da República

Show do Choro Livre: a partir das 10h, no palco da premiação, montado em frente ao Museu da República

Por Letícia Mouhamad do Correio Braziliense

Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução Correio Braziliense