O Governo do Distrito Federal (GDF) vai investir R$ 133.701.000 para construir o Hospital Regional do Recanto das Emas (HRE). A autorização para a obra foi dada pelo governador Ibaneis Rocha durante evento na cidade nesta quinta-feira (18) e comemorada pela população de 150 mil habitantes.
A unidade vai ser destinada a atendimentos nas áreas de clínica médica e pediatria. Ao todo, 100 leitos vão compor o hospital, sendo 60 de clínica médica, 30 de clínica pediátrica e 10 unidades de internação intensiva (UTI) pediátrica.
O prédio terá área construída de 16.742,49 m² e a estrutura conta ainda com centro cirúrgico, apoio diagnóstico e terapia, apoio técnico de nutrição e dietética, farmácia hospitalar e Central de Material Esterilizado (CME), setores administrativo, logístico, e de ensino e pesquisa. Além disso, o HRE atende requisitos técnicos de tecnologia e meio ambiente, com energia fotovoltaica e reaproveitamento da água.
A construção, que vai gerar 250 empregos diretos e cerca de 500 indiretos, será essencial para complementar a rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Dados do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF) apontam a necessidade da criação de leitos hospitalares na região, onde mais de 83% da população depende do SUS.
Ao autorizar a obra, o governador Ibaneis Rocha lembrou que, ao lado do viaduto já entregue, a obra do hospital era a mais pedida pelos moradores.
“É uma necessidade que nós temos no DF de ampliar a nossa rede de serviços. Problemas não faltam. Enfrentamos talvez a pior crise sanitária da história do mundo, que foi a covid-19. Nós tivemos aí todas as unidades hospitalares voltadas para o atendimento à covid. Quando começamos a sair da crise em 2021, 2022, nós voltamos ao atendimento das cirurgias eletivas. Tivemos agora toda essa crise da dengue também, que lotou todas as unidades hospitalares. Compete a nós, que estamos à frente do governo, dar condições à população para que sejam atendidas. E é exatamente isso que nós estamos fazendo, ampliando todo o sistema de saúde”, disse Ibaneis Rocha.
Além da autorização para a obra no Recanto das Emas, o chefe do Executivo falou de outros equipamentos públicos, adiantou a construção de cinco unidades de pronto atendimento (UPA) e lembrou de reformas em andamento. “Esperamos na semana que vem assinar a ordem de serviço do Hospital do Guará, que vai melhorar muito a saúde daquela região. Não estamos cuidando só de novos hospitais, mas reformando e ampliando, como é o caso dos hospitais de Brazlândia e Planaltina”, acrescentou.
Para a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, a construção do hospital representa o atendimento a uma necessidade de uma cidade populosa. “Há muito se buscava que o Recanto das Emas tivesse esses leitos hospitalares. Essa cidade caminhava apenas com a atenção primária e com a UPA. É necessário mais, vamos começar com 100 leitos e poderemos chegar a 229 leitos”, destacou.
Já o presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Fernando Leite, destacou a grandeza do equipamento público. “A última obra desse porte no DF faz praticamente 16 anos. Essa é a data que o último hospital foi entregue na capital. Então, nós vamos agora reescrever a história da saúde. E esse é o primeiro passo. Teremos um hospital moderno, com 100 leitos, e faremos outros três nesse porte, que é o do Guará, São Sebastião e Gama”, disse.
Mais saúde para o Recanto
Em 2020, a população da cidade ganhou a Unidade Básica de Saúde (UBS) da Quadra 804, que beneficia, diretamente, cerca de 20 mil pessoas. O investimento foi de R$ 2,3 milhões. A região administrativa conta com outras quatro UBSs e uma unidade de pronto atendimento (UPA).
Com o hospital, espera-se que a região administrativa se torne independente em relação a outras vizinhas, como aponta o administrador Carlos Dalvan. Segundo o gestor, os moradores precisam recorrer ao Hospital de Taguatinga e Hospital de Base quando necessitam de um atendimento de maior complexidade.
“É a obra mais esperada da história do Recanto das Emas. O hospital vem para atender e para completar nossa rede de atendimento. Temos UBS, temos UPA, mas faltava o hospital. E muitas vezes a nossa UPA não consegue atender a comunidade da forma que a gente gostaria, com a velocidade, com a rapidez, pela falta de um hospital”, opina.
Hospital que vem para aliviar o atendimento de quem mora na cidade, a exemplo do comerciante Luiz Carlos Araújo, 58 anos. “É de grande importância porque nós ficamos dependendo só desses postos. É ótimo que ele seja construído para melhorar o atendimento da população que sai daqui para outra cidade satélite e procura um hospital, né? Quanto mais atendimento, mais área abranger, melhor”, afirma.
Por Ian Ferraz da Agência Brasília
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