Servidores são pioneiros na transformação na educação de Brasília

Profissionais desempenham papel fundamental em diferentes setores da Secretaria de Educação

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Na linha de frente da educação no Distrito Federal há uma força vital desempenhada pelos servidores com mais de 50 anos. Alguns deles com até mais idade que Brasília são considerados pilares da comunidade educacional e trazem não apenas anos de serviço, mas a paixão pelo ensino e bem-estar dos estudantes e colegas de trabalho. Os mais experientes desempenham um papel fundamental como mentores e orientadores e, com sabedoria, ajudam a moldar a próxima geração de educadores.

“A Secretaria de Educação do DF cresceu e evoluiu junto com a cidade de Brasília e essa história se confunde com as histórias pessoais dos servidores com mais de 50 anos, que constituem uma memória viva do nascimento e crescimento da capital do país. Os servidores com mais de 50 anos são aqueles que trazem o histórico da educação pública e que contribuem com os novos servidores com toda a experiência e o conhecimento compartilhados”, ressalta Ana Paula Aguiar, subsecretária de Gestão de Pessoas.

A professora Maria Ignez Ventura, de 74 anos, é um desses exemplos. A servidora ingressou na secretaria em 1994 e desde então constrói o próprio legado na carreira educacional. Formada em letras, Maria Ignez chegou a atuar fora da educação, mas foi no caminho do magistério que ela se encontrou.

“Ao longo da minha vida profissional atuei por anos como auxiliar administrativo e gerente de recursos humanos, e trabalhei no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. No fundo, sempre soube que a educação cruzaria o meu caminho para sempre”, lembra a educadora, que iniciou seus primeiros passos na educação como professora de contrato temporário na SEEDF.

A educadora completa: “Assumi o posto de professora temporária de 1994 a 2001. O ponto especial da minha jornada foi em 1998, ano em que fui aprovada no concurso público da SEEDF. Foi um momento gratificante e especial em que adquiri estabilidade e tive a certeza que a educação seria para a vida toda”, concluiu. Atualmente, Ignez é gestora no Centro Ensino Fundamental (CEF) 206 do Recanto das Emas.

Lotados em diversos setores da secretaria, como escolas, coordenações regionais de ensino, ou na própria sede administrativa, os servidores mais longevos da SEEDF são a memória da pasta. Carlos Roberto Nunes, de 58 anos, é apoio administrativo da assessoria jurídico-legislativa (AJL), mas tem no currículo uma vasta experiência em outros setores.

“Entrei na secretaria em 1989. Já fui funcionário na limpeza, merendeiro escolar por quase 19 anos e até motorista”, declara Carlos Roberto. “Hoje, trabalhando no jurídico, eu sou muito feliz. Adquiri experiência e, agora estou me preparando para minha merecida aposentadoria”, finaliza.

Elas são maioria

Segundo dados da Subsecretaria de Gestão de Pessoas (Sugep) da SEE-DF, na carreira de magistério público eles somam, ao todo, 4.918 efetivos (feminino) e 2.598 efetivos (masculino). Já na carreira de Política Pública e Gestão Educacional (PPGE), são 2.232 mulheres e 1.694 homens.

Umas das mulheres que fazem parte dessa força de trabalho é a professora Karla Branco Figueiredo, 57 anos. A paixão pela educação levou Karla de volta à sala de aula. A professora de letras português e inglês realizou o sonho de voltar para a escola após ser aprovada no último concurso da Secretaria de Educação do DF. Atualmente, ela é professora de inglês no Centro Educacional (CED) 02 do Cruzeiro.

“Estava fora da sala de aula há 10 anos e do serviço público há 20, mas eu desejava muito voltar para a sala de aula, pois é o que eu mais amo fazer. Essa paixão pela profissão ocorre por influência da minha mãe, que também amava a escola”, lembra a professora. “É um privilégio voltar para a escola e novamente ter contato com adolescentes e os jovens. Isso me motiva a estudar e me aperfeiçoar como educadora. Estou muito feliz e definitivamente realizada”, completa Carla.

*Com informações da Secretaria de Educação

Por Agência Brasília

Foto: André Amendoeira/ SEE / Reprodução Agência Brasília