Coração e bolso abertos: pesquisa aponta que namorados devem gastar mais

Ao CB.Poder, presidente da Fecomércio-DF estimou que a data deve injetar R$ 394 milhões na economia da capital federal

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O Dia dos Namorados deve movimentar R$ 394 milhões na economia do DF, um crescimento de 16% nas vendas em comparação com o mesmo período do ano passado, destacou o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, em entrevista ao CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — de ontem. Aos jornalistas Adriana Bernardes e Ronayre Nunes, o representante de empresários do DF comentou sobre a aprovação da taxação de 20% nas compras acima de US$ 50.

Como está a expetativa com o Dia dos Namorados?

A expectativa é boa. O Instituto Fecomércio fez uma pesquisa com os consumidores e deve haver um acréscimo de vendas de 16% em relação a 2023. Há também um crescimento em torno de 10% dos consumidores que pretendem presentear, em relação ao ano passado. Onde 64% dos consumidores não tinham a intenção de presentear, este ano, temos 75%. Essa é uma boa notícia para o comércio, que deve injetar na economia R$ 394 milhões na data comemorativa.

Qual é o valor médio das compras no Dia dos Namorados?

Em 2023, a média era R$ 227. Este ano, os namorados estão mais generosos e pretendem dar um presente na faixa de R$ 251. Isso significa um acréscimo de 11%, o que é excelente. Mostra que os namorados estão com o coração mais aberto e pretendem gastar um pouco mais.

Como a Fecomércio está analisando a aprovação da taxação de compras acima de US$ 50 nos produtos importados?

Houve uma taxação de 20%. Nós esperávamos e trabalhamos muito, juntamente com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), desde o ano passado, para que fosse uma taxação de 100% nas importações. Mas houve um acordo e sempre dizemos que esse acordo não vai atender às expectativas da Fecomércio e dos empresários. Mas já é algo para que, no futuro, possamos negociar o aumento dessa taxação. A isenção dessa tributação prejudica principalmente os microempresários e atrapalha a competitividade do mercado nacional. Já que as indústrias brasileiras têm uma taxação muito alta em termos de tributação e, quando você vai importar um produto, esse produto chega sem taxação, então, é uma concorrência totalmente desleal com o produto nacional.

O senhor considera que essa aprovação da taxação de 20% continua deixando a indústria brasileira em desigualdade com os importados?

Com certeza. A tributação do produto nacional é maior e também os custos de produção no Brasil são muito maiores que nos países da Ásia, de onde vem a grande maioria dos produtos importados de até US$ 50.

Poderia comentar sobre a reinauguração da unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) no Pátio Brasil?

O local foi ampliado. Hoje, o tamanho é quatro vezes maior do que era antes. Lá, nós temos 26 cursos,  414 m² de área, e atendemos 240 alunos por dia. Fica localizado bem no coração de Brasília, no Pátio Brasil. É uma unidade lindíssima, com 26 diferentes cursos de capacitação.

Outra novidade no coração de Brasília é a inauguração do Senac no Setor Comercial Sul, né?

A Fecomércio está muito preocupada com a capacitação da nossa população para que as pessoas consigam um bom emprego ou uma melhor remuneração e sejam promovidas. Adquirimos o Edifício Centro-Oeste, no centro do Setor Comercial Sul, com 6.180 metros. O setor comercial precisa de investimento e movimentação de pessoas. Nós pretendemos, já a partir de janeiro ou fevereiro de 2025, começar a funcionar nessa unidade, que deve atrair entre 4 mil e 5 mil pessoas por dia.

 Ainda falando sobre os serviços do Senac, muitas pessoas não conhecem, mas existe uma faculdade própria, né? Poderia falar sobre ela?

Nós temos uma Faculdade de Tecnologia e Inovação moderníssima. Uma das cinco melhores da América Latina. Temos mais de 1.600 alunos matriculados. Os valores cobrados no primeiro semestre são muito baixos e vão subindo gradativamente. Isso porque existe uma pesquisa que mostra que, quando o jovem entra na faculdade e termina o primeiro semestre, ele descobre que não era o que queria. Sendo assim, ele vai mudar de curso, e essa migração para o curso ideal não representa um investimento muito grande. Nossa faculdade tem uma avaliação do MEC entre quatro e cinco. A maioria dos nossos cursos é avaliada com nota cinco pelo MEC. É uma faculdade de primeiro nível. Além disso, temos pós-graduação e Educação a Distância (EaD).

*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

Por Luis Fellype Rodrigues do Correio Braziliense

Foto: Kayo Magalhaes/CB/D.A Press / Reprodução Correio Braziliense