O recente anúncio da construção do Chiola Fly Club, um novo aeroclube em Águas Lindas, promete trazer impactos econômicos e sociais significativos para a região. Com o objetivo de atender à crescente demanda por transporte aéreo, especialmente no setor de e-commerce, o empreendimento já atraiu o interesse de diversos investidores, incluindo empresários chineses, devido à sua localização estratégica próxima ao Distrito Federal.
“A aviação no Brasil ainda está em fase de desenvolvimento, e o Chiola Fly Club surge como uma oportunidade para impulsionar investimentos na região de Águas Lindas e no entorno do Distrito Federal. O aeródromo vai atender tanto a aviação executiva quanto o transporte de cargas, criando um amplo leque de oportunidades de investimento e crescimento econômico local”, afirmou o empresário Edilson Gomes em entrevista exclusiva ao Jornal de Brasília.
Infraestrutura e alívio para o tráfego aéreo
A criação do Chiola Fly Club aliviará o tráfego aéreo atualmente concentrado no Aeroporto Internacional de Brasília. Com uma pista de 1.800 metros, o novo aeródromo permitirá que aviões executivos e de carga operem com mais eficiência, reduzindo os custos operacionais e o tempo de espera para decolagens e pousos. “Nós pretendemos fazer um traslado rodoviário seguro e rápido até o centro de Brasília, bem como possibilitar o transporte por helicóptero, garantindo que empresários e executivos cheguem ao seu destino em poucos minutos”, disse Gomes.
Diferente do aeródromo Botelho, que enfrentou problemas jurídicos devido à sua localização em terras públicas, o Chiola Fly Club oferece segurança jurídica aos investidores. “O empreendimento é totalmente privado, com toda a documentação regularizada em cartório, garantindo que os investimentos sejam protegidos e atraindo ainda mais interesse de empreendedores”, destacou.
Águas Lindas, a quarta cidade mais populosa de Goiás, vem crescendo rapidamente. Com uma população que aumenta em cerca de 15 mil novos habitantes por ano, a cidade se beneficia de sua proximidade com o Distrito Federal. O novo aeroclube vai gerar empregos e atrair escolas de aviação, paraquedismo, oficinas e outras atividades relacionadas à aviação, impulsionando ainda mais o desenvolvimento local.
Motivações e histórico do investimento
“O investimento no Chiola Fly Club começou em 2011, com a aquisição de uma área de 500 hectares. A escolha da localização foi estratégica, considerando a intenção do estado de Goiás de construir um aeroporto regional. O momento atual, marcado pelos problemas do aeródromo Botelho, foi visto como ideal para a realização do projeto”, explicou.
A previsão é inaugurar a pista principal e a taxiway até o fim de setembro, antes do início da temporada de chuvas. O clima seco do Centro-Oeste facilita as obras de terraplanagem e infraestrutura, permitindo um avanço rápido e eficiente das construções.
Os trâmites burocráticos para a homologação do Chiola Fly Club estão avançados. “Com a finalização da pista e da taxiway, a expectativa é obter a liberação junto ao DSEIA e à ANAC, garantindo que o aeródromo esteja totalmente legalizado e pronto para operar”, afirmou Gomes.
Diferenciais e incentivos fiscais
Além da segurança jurídica, o Chiola Fly Club contará com incentivos fiscais diferenciados para a aviação. “O governador Caiado prometeu um tratamento especial na tributação do querosene de aviação e outros combustíveis, bem como benefícios fiscais para empresas que se instalarem no empreendimento e na cidade de Águas Lindas”, disse.
Com a homologação da pista, Águas Lindas se tornará um destino acessível para pilotos e visitantes internacionais. “A cidade já firmou um acordo com uma cidade chinesa, o que deve trazer investimentos e novas tecnologias para a região, aumentando a movimentação econômica e gerando empregos de qualidade”, concluiu Gomes.
Com inauguração prevista para setembro, o Chiola Fly Club é considerado um projeto-chave para o desenvolvimento de Águas Lindas, atraindo empresários e visitantes internacionais e promovendo avanços significativos na infraestrutura de aviação da região.
Por Tamires Rodrigues do Jornal de Brasília
Foto: Divulgação / Reprodução Jornal de Brasília