Investigação sobre suposta venda de sentenças em MS vai para o STF

Pedido para concentrar as investigações foi feito pela própria Corte

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A investigação que apura suspeita de corrupção e venda de sentenças por desembargadores do Mato Grosso do Sul foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) por decisão do ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Com isso, os casos passam a ser conduzidos pelo ministro Cristiano Zanin, relator da investigação, que apura um esquema de lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa.

De acordo com o despacho, o processo foi enviado ao STF por pedido da própria Corte, após decisão de Zanin derivada de um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Operação Última Ratio

Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ-MS) foram afastados dos cargos, por 180 dias, sob suspeita de venda de sentenças e corrupção. Eles foram alvos da Operação Última Ratio, deflagrada nesta quinta-feira pela Polícia Federal, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa.

Os desembargadores afastados são Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJ-MS; Vladimir Abreu da Silva; Alexandre Aguiar Bastos; Sideni Soncini Pimentel; e Marcos José de Brito Rodrigues. Eles não quiseram se manifestar sobre o caso.

A suspensão deles dos cargos foi autorizada pelo ministro Francisco Falcão, relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Corte também avalizou o cumprimento de 44 mandados de busca e apreensão. Além dos magistrados, foram alvo das diligências nove advogados, servidores públicos e empresários.

Por Júlia Portela do Correio Braziliense

Foto:  Gustavo Moreno / Reprodução Correio Braziliense