Lula se diz “feliz” com promessa de Trump de acabar com guerra na Ucrânia

O presidente brasileiro declarou nesta sexta-feira (8/11) que acha importante acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia, uma das promessas de Donald Trump

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira (8/11) que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpra a promessa para acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia. O petista disse ficar “feliz” com a possibilidade, e que é importante encerrar o conflito.

Encerrar a guerra na Ucrânia é uma das promessas de campanha do republicano, eleito para retornar à Casa Branca no ano que vem. Ele defende encerrar a ajuda norte-americana à Ucrânia com recursos e armamentos.

Lula comentou sobre a guerra durante entrevista veiculada hoje à CNN International, baseada nos Estados Unidos. Ele foi questionado sobre a posição brasileira em relação ao conflito e sobre a promessa feita por Trump.

“Eu fico feliz quando você diz que, se depender do discurso do Trump, ele vai acabar com essa guerra. Eu acho importante. Acho importante acabar com a guerra, porque nós precisamos de paz. O mundo precisa de paz para sobreviver pacificamente, para crescer economicamente, para que a gente possa melhorar a qualidade de vida dos seres humanos”, respondeu o chefe do Executivo brasileiro.

O presidente defendeu que é preciso ter uma relação de diálogo e cooperação com Trump, apesar das divergências ideológicas e de ter apoiado a candidata democrata, Kamala Harris, durante a disputa eleitoral.

Críticas de Zelensky

Lula também comentou sobre as críticas que recebe do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que acusa o Brasil de defender o lado russo no conflito. Ele comentou ainda sobre a decisão de não se envolver na guerra mandando armamentos para a Ucrânia.

“Quando vieram dizer para o Brasil vender umas armas para que o Zelensky utilizasse, eu disse textualmente: eu não quero ninguém, nem na Rússia, nem na Ucrânia, morto com arma brasileira. Nós queremos a paz. Quando os dois presidentes tiverem juízo, e quiserem conversar sobre a paz, o Brasil estará disposto a discutir com os dois países”, enfatizou.

Por Victor Correia do Correio Braziliense

Foto: RICARDO STUCKERT / Reprodução Correio Braziliense