Ataque de abelhas assustam moradores na Asa Norte

Na manhã de terça-feira (19), um novo caso aconteceu em frente ao HRAN, mas a situação foi controlada pela equipe de bombeiros

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Nesta segunda-feira (18), o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) atendeu a três chamados de ataques de abelhas na Asa Norte do Plano Piloto. Ao menos três pessoas foram picadas e uma delas foi levada ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) inconsciente e com os sinais vitais instáveis. Na manhã de terça-feira (19), um novo caso aconteceu em frente ao HRAN, mas a situação foi controlada pela equipe de bombeiros. Os locais com enxames que não puderam ser removidos foram interditados.

Há uma semana, no dia 11, na quadra 302 da Asa Norte, moradores e transeuntes passaram por momentos de pânico após um veículo, que estava cortando a grama, bater em uma tampa de um bueiro de onde saíram dezenas de abelhas. Além das pessoas que passavam por ali, às 7h, um trabalhador sofreu picadas, mas somente no dia seguinte, ao perceber inchaço no rosto, foi em busca de atendimento médico. Segundo relato de Fábio Alves, de 38 anos, dono de um quiosque da redondeza, as pessoas que estavam sendo atacadas entraram em pânico e foram atendidas pelo SAMU. A equipe de bombeiros, ao chegar no local, precisou exterminar as abelhas devido ao alto risco que poderia ser causado às pessoas.

Após uma semana tranquila, nesta segunda e terça-feira novos chamados foram feitos pelo mesmo motivo. Nas quadras 102 e 104 da Asa Norte, três pessoas foram atacadas por abelhas devido a um enxame localizado em frente ao Centro de Ensino Fundamental (CEF). Quando um pai de aluno chegou à escola, o coordenador educacional Rúben Reis, de 40 anos, saiu à rua para saber da situação e se deparou com um ataque sofrido por Francisco Cardoso, de 76 anos, no mesmo horário de troca de turno na escola, quando dezenas de jovens deixariam o local.

Com a chegada dos bombeiros, identificaram colméias nos fundos do CEF e realizaram uma limpeza. No entanto, o enxame da árvore em frente à escola, não pôde ser retirado devido a protocolos ambientais, mas foi interditado. Na manhã desta terça-feira (19), um novo caso voltou a assustar moradores locais, quando uma colmeia caiu em frente ao HRAN. Neste caso, as abelhas foram exterminadas por uma equipe de apicultores sob ordens do CBMDF e não houve vítimas.

Protocolo dos bombeiros segue normas ambientais

Conforme explicou a Tenente Letícia Medeiros, do CBMDF, os protocolos da equipe seguem normas ambientais. “A rotina do Corpo de Bombeiros é fazer a verificação desse enxame durante o dia e à noite é feita a retirada, nós contamos com o apoio de apicultores, parceiros nossos que fazem esse trabalho”, disse a Tenente. Em casos extremos, como o ocorrido no HRAN, é realizado o extermínio das abelhas, no entanto, o comum é a retirada das colmeias, devido a normas ambientais. Apesar do CBMDF realizar esse tipo de atendimento, o serviço público de retirada dos enxames por apicultores é feito apenas nos casos em que oferece risco à população. Diferente disso, o serviço particular, de um profissional apropriado, deverá ser solicitado pelos moradores.

Situação das vítimas

Uma mulher, de 64 anos, que não teve a identidade divulgada, teve um quadro mais grave após um ataque na 104 da Asa Norte. Segundo relato de trabalhadores locais, ela estava sozinha quando foi atacada, mas quem passava por ali prestou socorro à ela, que foi levada inconsciente e com sinais vitais instáveis ao hospital. Ainda não há atualizações sobre o caso.

Francisco voltava do supermercado e carregava sacolas com mercadorias quando foi pego de surpresa. Ele contou ter lembrado de orientações em casos de ataques de abelhas e imediatamente levou as mãos ao rosto para proteger nariz, ouvido e olhos. Enquanto caminhava para tentar dispersar os animais, gritou por socorro e foi atendido por motoristas de caminhões de fretes que passavam por ali. Eles o puxaram pelas pernas e o colocaram de cabeça para baixo, foi aí que as abelhas dispersaram. Bombeiros que fizeram o atendimento no local, o levaram até o hospital, onde ficou por quase 10 horas. Após o atendimento, Francisco retornou para casa e passa bem.

Por Jornal de Brasília

Foto: Fernando MARRON / AFP / Reprodução Jornal de Brasília