Defesa Civil monitora 22 áreas de risco no Distrito Federal

Sol Nascente/Por do Sol, Fercal, Vicente Pires, Sobradinho II e Arniqueiras são regiões com maior atenção das forças de segurança por ameaças de erosões, deslizamentos e inundações

O Distrito Federal possui 22 áreas de risco sendo monitoradas. É o que afirma a Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil do DF (Sudec), órgão vinculado à Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), responsável por atuar em situações de calamidade. Destaque para o Sol Nascente/Por do Sol, Fercal, Vicente Pires, Sobradinho II, e Arniqueiras.

De acordo com a pasta, é feito o monitoramento de áreas de risco onde se verifica ameaças e vulnerabilidades geotécnicas, estruturais e ambientais. O acompanhamento é realizado em locais que tenham declive acentuado, erosões, sejam próximos a córregos e demais cursos d’água, com precariedade de drenagem de águas pluviais e ou de saneamento básico, tenham fragilidades construtivas das edificações, apresentem acúmulo de resíduos sólidos, como entulho e restos de obras, entre outros problemas.

Maior atenção

Atualmente, segundo a Defesa Civil do Distrito Federal (DCDF), 22 áreas são monitoradas no DF devido a ameaças de erosões, deslizamentos e inundações, com destaque para regiões como Sol Nascente/Por do Sol, Fercal, Vicente Pires, Sobradinho II e Arniqueiras. “Essas áreas foram identificadas por meio de estudos e monitoramento contínuo para assegurar a segurança da população nas regiões vulneráveis. Cada uma dessas áreas apresenta características específicas de risco e demanda ações diferenciadas para mitigação.”

“Ressaltamos que durante o período chuvoso existe uma alta possibilidade de ocorrência de eventos adversos em condições climáticas extremas, como chuvas intensas e prolongadas, fato também monitorado e acompanhado por esta pasta. Diante dessas situações a Defesa Civil atua imediatamente”, destaca a nota. “A Defesa Civil reforça que novas vistorias e avaliações podem ser realizadas sempre que houver solicitações ou mudanças no cenário que modifiquem os riscos e ameaças existentes, a fim de subsidiar outras ações governamentais.”

Prevenção

Durante o período chuvoso, em especial o de fim de ano, quando o número de intercorrências aumenta, a Defesa Civil do DF realiza ações de orientação à população, principalmente nas áreas mais afetadas. A pasta afirma, ainda, que treina voluntários para que saibam como agir, em caso de necessidade.

Em caso de perigo, a Defesa Civil orienta, ainda que os moradores saiam imediatamente de suas casas, para evitar maiores riscos e que avisem as autoridades pelos telefones 193, do Corpo de Bombeiros Militar do DF, e o 199, da Defesa Civil.

Um modo de se precaver é enviado o número do CEP da residência para o telefone 40199, para o recebimento de alertas de chuvas em seu telefone.

Siga as orientações

Fique atento à previsão do tempo para a sua região; conheça os principais problemas que podem afetar sua casa e sua região; Não jogue lixo nas ruas, ele é facilmente levado aos bueiros e pode causar entupimento;

Mantenha calhas e ralos da sua casa limpos.

Solicite a poda ou corte de árvores, sempre que perceber uma situação de risco de queda;

Tenha sempre lanternas e pilhas em condições de uso.

Cuidado quanto ao uso de velas ou lamparinas, coloque-as em local seguro e afastado de objetos que possuem risco de incêndio.

Antes de fortes chuvas ou chuvas intensas

Se possível, fique abrigado;

Não pare o carro perto de árvores ou postes, porque eles podem cair ou atrair raios;

Se houver risco de deslizamentos de terra na região onde você mora, fique atento a qualquer sinal de rachaduras no terreno ou nas paredes;

Solte os animais, caso estejam presos nas casinhas ou por corrente; Avise seus vizinhos do perigo, caso necessário;

Tenha sempre em mente uma rota de fuga alternativa;

Fique atento aos sinais de uma tempestade: nuvens escuras, altas e ameaçadoras, trovões e relâmpagos distantes e aumento repentino do vento.

Durante as fortes chuvas ou chuvas intensas

Desligue os aparelhos elétricos, o quadro geral de energia e feche o registro de entrada de água e de gás;

Fique atento ao nível da subida das águas, mesmo à noite;

Se houver risco de inundações ou enxurradas na região onde você mora, coloque documentos e objetos de valor em sacos plásticos bem fechados e em local protegido e de fácil acesso, em caso de evacuação. Coloque os seus móveis e utensílios em locais altos, evitando que eles sejam danificados;

Se a água invadir sua casa, vá imediatamente para áreas mais altas e peça ajuda pelo telefone 193;

Se houver infiltração, rachaduras, barulho estranho, ou movimentação de postes/árvores próximos à casa, abandone imediatamente a casa;

Feche bem as portas e janelas;

Se houver vendaval, granizo ou descargas elétricas, fique atento às recomendações para esses tipos de ameaças;

Auxilie crianças, idosos e pessoas com dificuldade de locomoção;

Caso não tenha treinamento, evite tentar salvar alguém entrando na água, ligue 193, jogue algum material flutuante e aguarde os profissionais chegarem;

Evite contato com a água de alagamentos, pois podem estar contaminadas e provocar doenças;

Nunca atravesse ruas alagadas, mesmo estando de carro, moto ou bicicleta, pois a força da água poderá arrastá-lo;

Se estiver em um veículo com possibilidade de alagamento na via, procure um local alto e espere o nível da água baixar;

Se houver qualquer sinal de movimentação de terra no terreno, procure um local seguro;

Avalie a real necessidade de dirigir sob forte chuva;

No caso de ter a necessidade de percorrer trilhas ou dirigir durante a chuva, seja prudente na escolha do seu trajeto;

Caso seja necessário dirigir durante a chuva, aumente à distância de seguimento do veículo da frente;

Caso a guia (meio-fio) esteja coberta de água, evite passar por esse trecho;

Em caso de emergência ou risco iminente chame o Corpo de Bombeiros (193).

Em caso de chuvas com relâmpagos

Afaste-se de estruturas metálicas não aterradas (portas, janelas, colunas, cercas de arame etc);

Nunca se abrigue sob árvores, torres de transmissão, antenas ou postes de iluminação;

Caso esteja em campo aberto, permaneça agachado e longe de estruturas que possam atrair o raio;

Procure nunca estar em um ponto mais elevado no terreno.

Depois das chuvas

Se a chuva alagar sua casa, lave e desinfete o chão, paredes, objetos caseiros e roupas atingidas;

Raspe toda a lama e retire o lixo do chão, das paredes, dos móveis e dos utensílios;

Evite o contato com água e lama. Para isso, use luvas e botas ou sacos plásticos duplos nas mãos e pés;

Não use água de fontes naturais e poços depois do alagamento, pois podem estar contaminados;

Volte para casa durante a luz do dia.

Por Suzano Almeida do Jornal de Brasília

Foto: Divulgação/Codhab / Reprodução Jornal de Brasília