O novo secretário de saúde do DF, Juracy Cavalcante, esteve no HMIB na tarde desta segunda-feira (24/2) para fazer uma visita ao centro obstétrico, que foi interditado pela Defesa Civil no último domingo (23/2) após serem detectadas rachaduras na maternidade e na UTI Neonatal. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou em nota que alguns procedimentos que não podem ser realizados no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) serão direcionados para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e para o Hospital Universitário de Brasília (HUB).
O chefe da pasta disse ao Correio que a situação está sendo avaliada para que seja resolvida o mais rápido possível. “Engenheiros da secretaria de Saúde, além de equipes da Defesa Civil e da Caesb estão avaliando o que é necessário fazer para sanar o problema. Enquanto isso, os pacientes estão sendo encaminhados ao Hospital Universitário de Brasília (HUB) e ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran)”, informou Juracy, que completou dizendo que, em breve, falará com a imprensa sobre o assunto.
Laudo prévio da Defesa Civil indica que há “risco de colapso” por conta das rachaduras.
A Defesa Civil, em conjunto com os engenheiros da Subsecretaria de Infraestrutura da Secretaria de Saúde (Sinfra), optaram por interditar o local até a finalização de um diagnóstico completo da situação. A partir desse diagnóstico, será criado um plano de ação para que as medidas sejam tomadas.
O Correio presenciou a agonia da dona de casa Giselle Aparecida, que está com 41 semanas de gravidez e chegou ao HMIB para realizar o parto na tarde desta segunda-feira (24/2). A mulher foi informada de que precisaria se dirigir ao HUB para realizar o procedimento, pois a maternidade do HMIB está interditada. “Eu vim aqui antes e pediram para eu voltar caso completasse 41 semanas e ainda não tivesse tido contrações. Estou aqui e pediram para eu ir para o HUB. Estou pedindo ajuda para conseguir o dinheiro da passagem de ônibus até lá”, contou Giselle, que estava acompanhada do marido e de uma tia.
Por Mila Ferreira do Correio Braziliense
Foto: Minervino/CB/DA Press / Reprodução Correio Braziliense