A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta terça-feira (11/3), uma operação com objetivo de desarticular um esquema criminoso de fraudes em contratos de financiamento imobiliário no Distrito Federal e na região do Entorno. A investigação, iniciada em 2022 a partir de uma denúncia da Caixa Econômica Federal (CEF), revelou um prejuízo estimado em R$ 1,8 milhão à instituição financeira.
Segundo a investigação, o grupo criminoso utilizava uma empresa de fachada do ramo da construção civil para simular a venda de imóveis inexistentes. Os fraudadores apresentavam documentos falsificados, como processos de habite-se, à prefeitura local, com a conivência de um fiscal de obras participante do esquema. Após a obtenção dos documentos, os imóveis fictícios eram formalmente registrados em cartório, tornando-se aptos a receber financiamento habitacional.
Com os imóveis fictícios regularizados, o grupo criminoso iniciava os processos de financiamento junto à CEF, fraudando as etapas de vistoria e avaliação dos imóveis. A investigação identificou até o momento 17 contratos fraudulentos. Durante a operação, a PF cumpriu sete mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e em um endereço profissional. Além disso, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens dos suspeitos no valor correspondente ao prejuízo causado.
A Polícia Federal continua as investigações para identificar outros possíveis envolvidos no esquema criminoso, bem como a existência de outros contratos fraudulentos. Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, estelionato qualificado contra a CEF, fraude em financiamento e uso de documento falso, sem prejuízo de outros crimes que possam ser identificados no decorrer das investigações.
Por Carlos Silva do Correio Braziliense
Foto: Divulgação/Polícia Federal / Reprodução Correio Braziliense