A reforma feita pelo papa Francisco na formação de sacerdotes e a proximidade de Sua Santidade com o povo, incluindo uma maior participação de minorias na Igreja Católica em seu mandato foram temas do CB.Poder— parceria entre o Correio e a TV Brasília. O convidado do programa desta quarta-feira (23/04), o padre Carlos Costa, reitor do Seminário Maior de Brasília, ressaltou essas atitudes do Santo Padre.
Para Costa, a postura de proximidade do papa Francisco inspirou jovens a se tornarem padres. “O papa Francisco era muito empático, tinha uma capacidade impressionante de atrair as pessoas, e com certeza isso impactava muitos jovens que estavam buscando uma resposta. Com certeza passou um sinal de Deus para muitos jovens”, comenta.
O padre também lembrou do ponto de partida da sua postura de proximidade com os fiéis. No caso, sua primeira viagem internacional após assumir o comando do Vaticano para o Rio de Janeiro, onde o papa Francisco participou da Jornada Mundial da Juventude em 2013. “Houve muito despertar vocacional durante a Jornada. Não somente para o sacerdócio, mas também para missões juvenis e outros tipos de postulados, como comunidades de vida, apostolados de formação, busca da santidade em relacionamentos de namoro. De fato, ele causava realmente um grande impacto nas pessoas. Os seminários, pelo menos no Brasil, têm recebido muitos jovens para discernimento vocacional”, completa.
Costa também comentou sobre a mudança feita na formação sacerdotal, mudando para uma linha mais humana. “No Papado de Francisco, em 2016, utilizando como base os documentos Pastores Dabo Vobis e o Presbyterorum Ordinis, propôs uma reformulação na formação sacerdotal preparando-os para serem pastores, saírem das igrejas e começar a buscar as ovelhas”, explica.
Sobre os processos de inclusão de minorias pelo papa Francisco, o padre acredita que a Igreja irá seguir o caminho dado por Francisco. “Imagina se como instituição os representantes, em nome da igreja, começarem a ter uma postura diferente, vai ter uma verdadeira perda. É muito pelo contrário, tem que trazer as pessoas que necessitam de inclusão. É sim um caminho irreversível”, finaliza.
*Estagiário sob a supervisão de Manuel Martinez
Por Luiz Fellipe Alves do Correio Braziliense
Foto: Bruna Gaston CB/DA Press / Reprodução Correio Braziliense