O que disse a influenciadora Virgínia Fonseca à CPI das Bets

Nome de destaque da internet no Brasil, a influenciadora digital Virgínia Fonseca depôs como testemunha. Ela afirma não ter arrependimentos por propagandas e diz não ter como socorrer seguidores

“Olha, senadora (Thronicke), eu não me arrependo de absolutamente nada do que já fiz na minha vida. Acredito que tudo serviu de ensinamento. Então, eu fiz e, hoje, estou aqui depondo para colaborar com vocês e espero que ajude.”

“Eu vou falar por mim. Quando eu posto, sempre deixo muito claro que é um jogo, que pode ganhar e pode perder. Que menores de 18 anos são proibidos na plataforma. Se possui qualquer tipo de vício, o recomendado é não entrar. E para jogar com responsabilidade.”

“Estou falando por mim, não sei como outros influenciadores fazem. Eu sempre deixo claro. Tudo isso que me passaram, eu falo. Normalmente, eu faço três stories. Em dois, eu falo, e no outro é mostrando como joga e tudo mais […] O que for para melhorar, é só passar para mim que eu faço como tiver que ser feito.” 

“Na época, saiu na internet, eu não pude responder por questão de confidencialidade e apanhei calada. Eu fechei o meu contrato com a Esportes da Sorte e esse valor que eles me pagaram, se eu dobrasse o lucro dele, eu receberia 30% a mais da empresa. Em momento algum, sobre perda dos seguidores. Meu contrato não tem nada de anormal.” 

“Esse valor nunca foi atingido, nunca recebi um real a mais do que meu contrato de publicidade que fiz por 18 meses. Era um valor fixo. Se eu dobrasse o lucro, eu receberia 30% a mais da empresa. Mas isso não chegou a acontecer.” 

“Se realmente faz tão mal para a população, proíbe tudo. Por que está regulamentando? Agora, eu nunca aceitei fazer publicidade para casas de apostas não regulamentadas. E eu recebo muita oportunidade, muitas propostas para fazer […] Se for decidido por vocês que tem que acabar, eu concordo”, disse Virginia.  

“Esse valor (do gatilho para o bônus) nunca foi atingido, nunca recebi um real a mais do que meu contrato de publicidade que fiz por 18 meses. Era um valor fixo. Se eu dobrasse o lucro, eu receberia 30% a mais da empresa. Mas isso não chegou a acontecer”.

Por Gabriel Botelho do Correio Braziliense

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado / Reprodução Correio Braziliense