Correção de toda a tabela do IR custaria R$ 100 bilhões, diz Fazenda

Durante audiência pública no Congresso, nesta terça-feira (20/5), o secretário de Reformas Econômicas da pasta, Marcos Pinto, informou que pessoas que recebem entre R$ 5 e R$ 7 mil também serão beneficiadas

O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, disse que corrigir toda a tabela do Imposto de Renda (IR) custaria mais de R$ 100 bilhões. A fala foi feita durante audiência pública, nesta terça-feira (20/5), no Congresso Nacional.

“A gente não tem condições, nesse momento, de fazer isso”, enfatizou Marcos na comissão especial que avalia as mudanças do IR propostas pelo governo federal.

O plano de isenção do IR proposto pelo governo abarca — na primeira etapa — trabalhadores assalariados que recebem até R$ 5 mil por mês, o que custará R$ 25 bilhões. Além disso, vai oferecer um benefício “que vai declinando, conforme a renda vai subindo”, para quem recebe entre R$ 5 e R$ 7 mil por mês. 

De acordo com o secretário, o objetivo com a medida “é impedir que alguém que recebe R$ 5.001,00 ou R$ 5.500,00 tenha um rendimento líquido menor do que alguém que ganha R$ 5 mil”. Dessa maneira, o governo consegue fazer a compensação com o imposto mínimo.

Serão beneficiadas 14 milhões de pessoas. Dessas, 10 milhões recebem até R$ 5 mil e as outras 4 milhões recebem entre R$ 5 e 7 mil. Para a mudança, será feito um ajuste para que pessoas que recebem acima de R$ 50 mil por mês paguem mais impostos. A previsão é que a medida entre em vigor a partir do próximo ano.

Por Maiara Marinho do Correio Braziliense

Foto: Washington Costa / Reprodução Correio Braziliense