Brasília registrou deflação em agosto. O IPCA-15, considerado a prévia oficial da inflação, ficou em -0,29%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (26/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. Essa é a menor taxa desde janeiro de 2024. No acumulado de 2025, o índice já soma alta de 3,29%, e chega a 4,77% nos últimos 12 meses. No cenário nacional, o indicador também ficou negativo: -0,14% no mês.
O principal fator para a redução do índice na capital federal veio dos transportes, que recuaram -1,22% em agosto. A queda nos preços da gasolina (-2,33%), do automóvel novo (-2,58%) e do seguro de veículos (-3,23%) foram decisivos para o resultado.
Outro grupo que ajudou a frear os preços foi o de habitação (-1,01%). A redução está ligada ao recuo de 6,8% na energia elétrica residencial, impactada pelo crédito do chamado Bônus de Itaipu, aplicado nas faturas de agosto.
Apesar do alívio, a conta de luz segue pressionada pela bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.
A alimentação também apresentou queda de -0,24%, maior retração desde agosto do ano passado. Entre os itens que ficaram mais baratos estão o arroz (-7,86%), o tomate (-5,50%), a batata-inglesa (-18,96%) e a cebola (-14,99%)
Por outro lado, alguns alimentos subiram, como a banana-d’água (+15,21%), o queijo (+2,28%) e os biscoitos (+3,76%).
O que é o IPCA-15
O IPCA-15 mede a variação dos preços para famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos. Os preços considerados foram coletados entre 16 de julho e 14 de agosto. O índice é calculado com a mesma metodologia do IPCA, a diferença está apenas no período de coleta.
A próxima divulgação do indicador será em 25 de setembro, com os dados de setembro e também do IPCA-E, referente ao terceiro trimestre do ano.
Por Resenha de Brasília
Fonte Correio Braziliense
Foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press