O engenheiro Paulo Victor Rada de Rezende — que, ao longo de carreira, desde os anos 60, contribuiu para a infraestrutura da capital —, morreu neste domingo (19/10), às 1h45, aos 88 anos. A família informou que a partida foi serena e em paz. O velório e o sepultamento ocorrerão na cidade de Soledade de Minas, em Minas Gerais, na terça (21/10). Familiares, que agradeceram as orações e manifestações de carinho, confirmam missa de sétimo dia, pela tarde em Brasília, no Santuário Santo Antônio (911 Sul). Diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica, em janeiro de 2024, foi internado (diante da piora do quadro degenerativo) no DF Star.
Natural de Minas Gerais, Paulo Victor chegou a Brasília em 1962, recém-formado em engenharia. Iniciou sua trajetória profissional no Departamento de Força e Luz da Novacap, que em 1968 se tornou a Companhia Energética de Brasília (CEB). No serviço público, impulsionou o desenvolvimento da capital. Exerceu diretorias técnica e de planejamento, antes de se tornar diretor-presidente da CEB. Foi presidente da Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal). Vital para o desenvolvimento de Brasília, Rada, que atuou intensamente no segmento dos transportes, foi diretor presidente do Metrô-DF. Rada foi referencial na estruturação do sistema elétrico de Brasília e contribuiu para a integração do sistema energético nacional, dada a visão estratégica. O encerramento da carreira se deu como secretário adjunto de Transportes.
“Meu pai meu pai era um homem probo, reto e que inspirava a todos nós. Nos deixava sempre muito orgulhosos de conviver com ele, de conhecê-lo e de poder desfrutar de muita luz, ao lado dele”, comentou, emocionada a filha de Rada, Maria Clara, que se deslocou, com urgência da Sérvia, onde exerce a função de embaixadora. “Ele sempre foi o grande homem. Uma pessoa que defendeu uma carreira brilhante e muito longa na CEB. Tinha por grande característica a sabedoria; muita sabedoria. E uma pessoa de um conhecimento enorme e de uma simplicidade igualmente ampla”, comentou a advogada Ana Maria Lazary Teixeira (segunda esposa de Paulo Victor, que foi viúvo de Oneil de Abreu Rada). Ana Maria ressalta que, junto com os dois filhos Alexandre (especialista de informática e mágico profissional) e Maria Clara, Paulo Victor externava sistematicamente o amor pelos outros dois “filhos”: o genro Francisco Chagas e a nora Marina.
Por Revista Plano B
Fonte Correio Braziliense
Foto: Acervo pessoal/ Divulgação