O avanço do endividamento no Distrito Federal, que atingiu 76,5% das famílias em outubro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, deve encontrar algum alívio com a chegada da primeira parcela do 13º salário, que deve ser paga até sexta-feira da semana que vem. A avaliação é do presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, que vê na injeção estimada de R$ 10,5 bilhões na economia local um freio parcial na escalada das dívidas. “Uma parte do 13º injetado na economia do DF é usada para que as famílias sejam reinseridas no mercado de crédito”, afirma.
O DF terá o maior valor médio de 13º do país (R$ 5.877), segundo o Dieese, alcançando 1,72 milhão de pessoas e representando 30,7% da toda a região Centro-Oeste. Desse total, 87,2% vão para trabalhadores formais.
Apesar do endividamento crescente, com 819,7 mil famílias com dívidas a vencer, a inadimplência recuou levemente para 42,1%, e o atraso médio caiu de 74 para 69 dias. O movimento repete o padrão observado no início do ano, quando o uso do 13º contribuiu para reduzir a fatia das famílias sem condições de pagamento. “Em novembro de 2024, eram 21,2% da população sem condições de pagamento. Passou para 20,8% em dezembro, 20% em janeiro e depois para 18,6% em fevereiro”, lembra Aparecido.
O dirigente também aponta que o benefício pode reorganizar o orçamento e estimular o consumo de fim de ano, entre a Black Friday e o Natal, num ambiente ainda pressionado pelos juros altos, embora com sinais de estabilização no comprometimento de renda, hoje em 22,1%.
Parabéns para você…
O Conjunto Nacional completa 54 anos hoje, com uma programação especial para celebrar a data ao lado do público e dos lojistas. Das 12h às 18h, os clientes poderão resgatar minibolos da confeitaria Perdomo por meio do aplicativo do shopping, em uma ação que reforça a estratégia de aproximação digital do empreendimento. Além disso, todos os lojistas receberão bolos do Flávio como forma de agradecimento pela parceria ao longo dos anos.
Rotas para o futuro
O Senac-DF abre, na terça e quarta-feira da semana que vem, o Rotas para o Futuro, que lança o edital do Programa Técnico no Ensino Médio (TEM) 2026 e deve atrair 4,2 mil estudantes da rede pública. Durante o evento, começam as inscrições para 3 mil vagas do programa, com prioridade para quem se cadastrar presencialmente. Voltado a alunos que estarão no 1º ou 2º ano do ensino médio em 2026, o processo segue até 25 de janeiro. O resultado sai em 28 de janeiro, e as aulas começam em 23 de fevereiro. As atividades ocorrerão em cinco unidades — Taguatinga, Ceilândia, Gama, SCS e Sobradinho, com programação das 8h às 12h e das 14h às 18h, conforme o cronograma de cada unidade — com demonstrações práticas e orientação profissional. Segundo o diretor regional do Senac, Vitor Corrêa, o objetivo é apresentar “as possibilidades de formação técnica para o próximo ano”.
Ações culturais no Outlet
No último fim de semana antes da Black Friday, o Outlet Premium Brasília aposta em uma programação cultural para ampliar o fluxo de visitantes. O centro de compras, localizado na rodovia que liga Brasília a Goiânia, incluiu música ao vivo e oficinas gratuitas como ferramenta para prolongar a permanência do público, um movimento cada vez mais comum em shoppings diante da disputa por atenção e ticket médio.
No sábado e no domingo, a Praça de Alimentação recebe Rod Calcagno e Junior Johns, sempre às 15h. Antes, das 12h às 18h, o outlet promove oficinas de jogos analógicos, de tabuleiro a pega-vareta, numa tentativa de atrair famílias e aumentar a circulação em áreas comuns. Com mais de 80 lojas e operação diária das 9h às 21h, o empreendimento tenta converter o fluxo adicional em vendas antecipadas de fim de ano.
Análise da CPI
A CPI do Crime Organizado, em curso no Congresso, começa a redesenhar o tabuleiro eleitoral de 2026 antes mesmo de apresentar conclusões. A avaliação é do RenovaBR, que vê o tema segurança pública — historicamente sensível e de alto custo político — voltando ao centro da disputa. A escola, que forma 141 aspirantes a candidatos até dezembro, incluiu o assunto na grade diante da leitura de que o debate será incontornável nas campanhas. Para Eduardo Mufarej, fundador do RenovaBR, a pressão da opinião pública e o impacto econômico da violência devem forçar propostas mais concretas. Nos bastidores, siglas já tratam a CPI como fator de risco e oportunidade: o avanço das investigações tende a pautar programas eleitorais, exigir reposicionamento e testar a capacidade dos pré-candidatos de responder a cobranças por resultados numa área em que governos vêm acumulando desgaste.
Por Resenha de Brasília
Fonte Correio Braziliense
Foto: Kayo Magalhaes/CB











