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Visita à Casa Abrigo faz Dayse Amarilio cobrar ações para mulheres acolhidas no local

“Saí abalada após poucas horas na Casa Abrigo”. O depoimento da deputada Dayse Amarilio (PSB) no plenário da Câmara Legislativa nesta terça-feira (07/03), véspera do Dia Internacional da Mulher, teve o tom de um pedido de socorro. A parlamentar visitou esse centro de atendimento às mulheres vítimas de violência, muitas vezes ao lado de crianças, e constatou a falta de acompanhamento em várias áreas. Em resumo, a distrital conclamou os colegas a “tirar as mulheres da rota da morte, porque após sair da Casa Abrigo, o futuro delas não está garantido”.

Segundo Dayse Amarilio, muitas mulheres que passam por episódios de violência dispensam a estada na Casa Abrigo, cujo endereço não é divulgado por questão de segurança, “porque não têm o que fazer depois”. A parlamentar explicou: “Saindo, não conseguem colocar os filhos na creche, pois não há garantias. Muitas vezes, o auxílio assistencial vai para o marido que, frequentemente, é o agressor. E o pedido do auxílio aluguel deve ser renovado mensalmente. Não tem como pedir pelo total de meses aos quais teria direito”.

Na avaliação da deputada, “o Estado não abraça essas mulheres”, que necessitam de todo tipo de acompanhamento, inclusive psicológico. “Na Casa Abrigo, elas ficam ociosas, assim como as crianças”, relatou Dayse Amarilio, acrescentando que é preciso ainda amparar os trabalhadores que atuam no setor. “Temos de prevenir essas situações e pensar nos servidores que fazem tanto com tão pouco”, concluiu.

Luta contra a violência

Para o deputado Ricardo Vale (PT), a luta contra a violência doméstica deve ser permanente e não sazonal. “Esse é um tema muito sério e não pode ser restringir ao mês de março”, afirmou.

Também aludindo ao Dia da Mulher, o deputado Pastor Daniel de Castro (PP) observou que esta é a geração que mais pratica violência contra as mulheres: “Algo inaceitável, vil e, por vezes, doentio”. Por sua vez, o deputado Pepa (PP) disse que é hora de dar um basta no feminicídio. “Chega de matar mulheres”, declarou.

Por Marco Túlio Alencar – Agência CLDF

Foto: Renan Lisboa (estagiário)/CLDF / Reprodução CLDF

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