O período de sazonalidade de doenças respiratórias começou em março e a previsão é que se estenda até junho. Para lidar com o aumento da demanda, a Secretaria de Saúde (SES) traçou táticas de enfrentamento às síndromes virais que afetam, principalmente, as crianças e os jovens.
“Esse movimento faz parte da estratégia para lidar com o aumento de demandas por conta de doenças respiratórias da infância. O intuito é otimizar a mão de obra da atenção secundária do hospital, que é uma referência no atendimento de emergências pediátricas de alta complexidade”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde
Como parte do plano, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) fornecerá transporte a pacientes classificados como azul ou verde (baixo risco) até as unidades básicas de saúde (UBSs). “Esse movimento faz parte da estratégia para lidar com o aumento de demandas por conta de doenças respiratórias da infância. O intuito é otimizar a mão de obra da atenção secundária do hospital, que é uma referência no atendimento de emergências pediátricas de alta complexidade”, explica a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
Segundo a diretora do Hmib, Marina Araújo, com a alta demanda, é preciso descongestionar o pronto-socorro: “Por isso, estamos priorizando casos considerados mais graves, como os níveis amarelo, laranja e vermelho”. As UBSs são previamente comunicadas sobre a transferência e estão preparadas e equipadas para acolher os novos pacientes de baixo risco. Todos, de acordo com a diretora, serão transportados em segurança, atendendo às normas sanitárias. O atendimento também será assegurado.
Neste mês, 700 servidores das UBSs passaram por um treinamento a fim de dilatar a capacidade de atendimento às doenças respiratórias. O foco foi aumentar o índice de resolução de casos na própria atenção primária, bem como garantir a capacidade de identificação dos pacientes a serem encaminhados ao atendimento especializado.
O transporte aos pacientes de baixo risco do Hmib foi cedido pelo Grupo de Educação para o Trânsito (Getran), após negociação com a Diretoria Regional de Atenção Primária à Saúde (Diraps Central) da SES.
Ampliação
Cerca de 14 leitos de internação pediátrica foram criados no Hmib para enfrentar a sazonalidade. Além disso, um segundo ponto de classificação de risco foi estabelecido, a fim de proporcionar mais agilidade no atendimento. “É um trabalho em conjunto. A SES está mobilizada para que possamos enfrentar este momento. Os profissionais de saúde estão fazendo um excelente trabalho na linha de frente”, avalia a médica Marina.
Além do Hmib, a SES também abriu cinco leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), dez no Hospital da Criança de Brasília (HCB) e cinco no Instituto Hospital de Base (IHBDF).
Na esteira, foram criados ainda quatro novos leitos de enfermaria pediátrica, após revitalização do espaço, no Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá, três no Hospital Regional de Brazlândia (HRBz) e dois no HRT. Este último estima a abertura de mais nove leitos de enfermaria pediátrica, em fase de adequação. Também há previsão de abertura de mais leitos no HRL e no Hospital Regional de Sobradinho (HRS).
Atualmente, são 91 leitos de UTI pediátrica e 221 leitos de enfermaria pediátrica disponíveis na rede pública de saúde do Distrito Federal. Todos equipados e com equipes especializadas de alta performance, compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas, além do suporte nutricional, psicológico e de serviço social.
*Com informações da Secretaria de Saúde
Por Agência Brasília
Foto: Bruna Matos / Reprodução Agência Brasília