Superbactéria se espalha pela UTI do Hospital da Criança de Brasília

Trata-se da superbactéria Acinetobacter baumannii, uma das três bactérias mais críticas à saúde pública no mundo

Uma bactéria multirresistente se espalhou pela ala de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança de Brasília José de Alencar (HCB). Trata-se da superbactéria Acinetobacter baumannii, conhecida como Acineto, resistente a diversos antibióticos e capaz de causar pneumonia, infecção urinária e até sepse.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Acinetobacter baumannii está entre as três bactérias mais críticas à saúde pública no mundo, devido à dificuldade de tratamento e à alta capacidade de sobrevivência em ambientes hospitalares.

Ao Jornal de Brasília, o Hospital da Criança informou que 13 casos foram identificados, mas somente nove pacientes continuam internados, por outras causas, e seguem em isolamento. A Instituição ressaltou que não houve registro de mortes e que a situação está sob monitoramento.

Em nota, a Secretária de Saúde (SES-DF) explicou que a bactéria foi detectada durante processos periódicos de testagem, realizados de forma preventiva. “Os pacientes não estão infectados. Trata-se de um episódio que não ocasionou consequências clínicas ou danos à saúde, e que não implica o uso de antibióticos”, informou.

A SES-DF confirmou que os pacientes acometidos estão alocados em unidades de terapia intensiva e enfermarias, seguindo todas as normas de isolamento. As crianças são direcionadas para as enfermarias somente após alta da UTI, conforme avaliação médica.

A SES também informou que o caso foi formalmente comunicado à Vigilância Sanitária, conforme determina a legislação. Após ser notificada, a Gerência de Risco em Serviços de Saúde solicitou informações detalhadas ao hospital e realizou uma inspeção sanitária no dia 16 de setembro. O relatório técnico confirmou que as medidas de controle do surto estavam implementadas e em andamento na unidade.

Os pacientes estão em precaução de contato em coorte, ou seja, agrupados e com materiais de uso individual. Os profissionais de saúde utilizam luvas, capotes e higienizam as mãos antes e depois de cada atendimento, o que impede a transmissão da bactéria para outros pacientes.

A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do hospital procedeu a todas as medidas de controle necessárias e a Instituição está sob monitoramento contínuo pela equipe técnica da Gerência de Risco em Serviços de Saúde, sem novos casos identificados.

Por Resenha de Brasília

Fonte Jornal de Brasília

Foto: Agência Brasília