PF: quadrilha faturou R$ 40 milhões com compra de passagens aéreas

A PF deflagrou a Operação Delivery Card para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias eletrônicas

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Nesta quarta-feira, 14, a Polícia Federal deflagrou a Operação Delivery Card para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias eletrônicas, além de outros crimes. Os golpes deram prejuízo de cerca de R$ 40 milhões à Caixa Econômica Federal (CEF).

Policiais federais cumprem três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, nos bairros do Leblon, na Zona Sul, e Colégio, na Zona Norte.

O Grupo de Repressão a Crimes Contra a Caixa Econômica Federal (GCEF), criado recentemente pela PF no Rio, identificou os integrantes da organização criminosa responsáveis pelas fraudes bancárias eletrônicas que causaram o prejuízo multimilionário à Caixa.

Segundo a investigação, os criminosos compraram, irregularmente, passagens aéreas usando cartões clonados do banco. Para evitar suspeitas, os bilhetes eram, posteriormente, vendidos a baixo custo em uma rede social, sob o pretexto de terem sido adquiridos em programas de milhagem.

As investigações foram iniciadas com base em informações fornecidas pelo Núcleo de Repressão a Fraudes Bancárias (Nufban), unidade localizada em Brasília.

O Nufban é responsável por gerenciar a base Tentáculos, instituída pela Polícia Federal com o objetivo de reprimir fraudes bancárias eletrônicas, mediante o esforço cooperativo e a integração da PF com as Polícias Civis e as instituições bancárias, por meio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Os investigados devem responder pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado mediante fraude e lavagem de dinheiro, cujas penas podem passar de 26 anos de prisão.

Delivery Card

O nome da operação faz referência aos crimes de clonagem de cartões e de lavagem de dinheiro cometidos por meio de empresas de delivery, atividade escolhida pela organização criminosa para lavar os valores provenientes de crimes.

Por Redação do Jornal de Brasília com informações de PH Paiva

Foto: Jornal de Brasília