Lago Paranoá será palco de manobras radicais do wakeboard

Etapa de Brasília do Campeonato Brasileiro de Wakeboard, no Deck Norte, é um teste para novos praticamente da modalidade

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A etapa de Brasília do Campeonato Brasileiro de Wakeboard, iniciada ontem, e com encerramento hoje no Deck Norte, é um teste para novos praticamente da modalidade. Um deles é Diego Garcia. O morador da capital é um dos símbolos da persistência. Tentou entrar para a modalidade há 10 anos, mas tomou susto. “Eu só tomei caldo”, testemunha, referindo-se aos tombos causados pela inexperiência.

O evento é gratuito com sugestão de doação voluntária de 1kg de alimento não perecível. O trauma começou a ser curado no ano passado devido a uma parceria profissional. Acolhido pelos monitores, ele retomou o planejamento. “Comecei a treinar sem parar. Ando sempre que posso e estou treinando atualmente”.

Os preparativos incluem hábitos de vida saudáveis com dieta e treinos diários para a prática do wakeboard. “Estou muito focado e, claro, também é muito importante o treino da mente. Por isso, sempre faço vários exercícios de meditação e de visualização das manobras que eu vou ter que fazer”, conta Diego Garcia. A disputa da competição é o momento de aferir o tempo de dedicação ao esporte.

“É uma sensação muito boa. É meu primeiro ano participando do Campeonato Brasileiro de Wakeboard. Teve a primeira etapa em Belo Horizonte e a segunda em Manaus. Para Brasília, estou super empolgado, já que estou em casa. Vai ser super maneiro”, comemora.

A relação com o wakeboard transformou Diego Garcia em um incentivador da formação de novos atletas. “Pode vir que o esporte é muito bom. Toma cuidado para não se viciar, porque quando você está ali, deslizando, sobre a água, é uma experiência que não tem preço”, convida.

Popular em todo o país, o wakeboard é praticado sobre uma prancha. O atleta é rebocado por um barco com auxílio de um cabo e um manete. Os competidores aproveitam as duas ondas deixadas pela lancha e o competidor executa manobras enquanto é puxado, saltando de um lado para o outro.

O evento em Brasília é reconhecido nacionalmente com manobras de alta performance. Felipe Miyamoto, organizador da etapa e diretor da Associação Brasileira de Wakeboard (ABW), conta que a capital recebeu o evento mais de 10 vezes. A primeira vez foi em 1998. “Brasília está voltando a ser um polo forte do wakeboard. É um lugar que fica no meio do país, fácil para pessoas do país inteiro virem. Além disso, as condições são fantásticas. Aqui é a minha cidade e eu faço questão de fomentar o crescimento do esporte”, conta.

Além da premiação da etapa, os atletas somam pontos para o ranking nacional da modalidade. Na visão de Felipe, além das boas condições climáticas, Brasília tem uma população ativa e ostenta o Lago Paranoá como palco. “A cidade já tem uma história legal com o esporte. Não só nacionalmente, mas internacionalmente. É por isso que eu busco dar continuidade na minha escola de Wake e, também, no campeonato”, diz Felipe Miyamoto.

Uma novidade é a compensação de carbono. Os organizadores iniciarão um plantio de agrofloresta em um terreno do Park Way em nome do campeonato. A ação uma iniciativa atemporal e sistêmica para contribuir com uma competição mais sustentável.

“A agrofloresta não é um plantio simples. Faz parte de um sistema de abundância, onde uma planta ajuda a outra a se desenvolver e quanto mais cresce, mais frutos a gente colhe. É um plantio que ajuda no clima, na biodiversidade e até na economia local, considerando a variedade da colheita”, destaca Aline Galvão, cofundadora da Era Branding, empresa realizadora da etapa.

Por Correio Braziliense

Foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press / Reprodução Correio Braziliense